terça-feira, 27 de abril de 2010

Slipstream

Algo vai acontecendo entre o ser e o fazer, uma enorme discordância originaria de um mal maior, a nova corrente entre o bem e o mal, o preto e o branco, o real e o imaginário, o visível e o invisível. Os opostos perdem seus sentidos, suas metas e alcances, difundem-se na redundância em que agora se abismam, e é tudo a política do ser e do fazer.
Uma interacção de surrealismo de um mundo sonâmbulo, escorrendo-me a areia deste enorme deserto chamado tempo, morto apenas pela minha sede daquele oásis chamado imaginação. Carácter a carácter escrevo um novo dialecto de um inconcenso, fugindo à estabilidade desta terra de ninguém, em que arrasto cadáveres do passado para a sepultura do futuro, obitarão todas as correntes de ar que de minha mente fluíram.

death or glory

A preguiça e a pobreza do meu Ser vão-se aglutinando de mim, vivo à anos nesta embriaguez do doce venenoso licor da vida. Seu travo de canela e cana doce saceiam-me a falta de ser enquanto me viciam e aliciam para uma droga que terei de fazer minha mente conceber.
Cada vez a esperança é menos, nesta fábrica de imaginação, o apalpamento e o acontecer do sonho cada vez trazem mais agonia à minha origem, e minha incerteza salvadora é a única que me traz à tona a possibilidade de isto ser o meu novo bem... Creio que cada vez meu mundo desenterre mais de mim a minha ganância e a ambição do lar em que nasci, confrontando-se agora com o resto do meu doce sentimento que esfumaça como incenso qualquer meu outro Ser. Sinto que cada vez minha cabeça se liberta mais de mim, desfragmentasse por entre as ideologias e me deixa só no meu limbo a dar sentenças feito juiz do nada que tudo acusa.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

3

-Justificação da desorganização:

Se a única regra é não haver regras, então eu sem regras faço a minha irregular regra. A minha desorganização vive de fragmentos em forma de um todo, um texto está sempre terminado desde desde que crie ou improvise um pretexto. Por mais que queira planear a minha escrita, é sempre desorganizada pelo improviso. É a parte que faz o todo, deixando o todo sem nada ter feito. Uma escrita só é pura o suficiente se sair ao mundo como o Ser humano assim o sai, espontânea e sem revisão ou acrescento.

-Justificação da temática:

Vivendo a intensidade de cada momento, não os evito, sempre que imagino a origem das minhas razões peço desculpa por ter desejado ser outra coisa. Os erros cometo-os vezes sem conta, não os evito, apenas aprendo a viver com eles, tornam-me mais autónomo, tornam-me mais espontâneo (improviso), e mais certo comigo mesmo, deste modo crio a barreira entre a culpa e a razão, tal como na escrita, minha culpa não existe e minha razão são espontâneos improvisos que me alimentam a mente. É um limbo de sensações que se sentem mas não são visíveis ou palpáveis. Sendo a culpa o ser e a razão o acontecer, limpo assim minha consciência de qualquer ser já existente e pré-definido sobre o qual não tive efeito na sua concepção, e apoio-me na razão que tem base na origem do meu querer, que posso agarrar, manipular e desfazer por completo.

-Justificação da ortografia e seus adjacentes:

Visto o meu ódio pelo banal, embora ele esteja sempre presente, uso assim meu inculto, preguiça e falta de inteligência como um todo que cria a originalidade das formas textuais que crio, não porque alguém não o consiga fazer, mas sim porque não haja quem tenha a coragem e o improviso da razão. Sendo assim uma borboleta preta diante de meus olhos pode desencadear o maior protesto hortofruticulo já imaginad. Só preciso de conseguir calar uma voz para a deixar minimamente presa pelas palavras entaladas na garganta, que formam o bolo alimentar da sua inquietez. E calar é mais fácil que fazer falar.

Flavor

De sábado para domingo, de implícito para explicito, tirei algo que me fez sentir pior que ladrão, algo que nunca ninguém poderá devolver e que nem eu nesta vida conseguirei retribuir, nem o meu inconsciente desta vez está perdoado, não existe improviso que me possa ilibar. Peço desculpa ao mundo por ter ido tão fundo.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Isto é um badah

Fuck, como o tempo é instantâneo e a minha memoria de peixe também assim o é, contava eu que a Terra ao ser redonda, tudo o que ia voltava...well fuck! O que ontem já estava mais que pensado, hoje já está mais que acabado, no fim não me posso queixar, é isto que torna a vida tão maravilhosa, hoje em dia até virar sem abrigo é difícil, a vida é tão incerta e frágil que para quê criar plano se o nosso melhor plano é fazer hoje o que amanha não voltará...ou poderá voltar mas ai aproveitarei novamente inconscientemente para viver ao máximo e sair ilibado da culpa pela minha espontaneidade, é o crime perfeito.
Algum dia a culpa nos cairá em cima, talvez seja porque vivemos sempre o perfeito ou talvez seja porque nem sequer o sabido aproveitar, well, uma coisa é certa prefiro ser culpado por uma coisa que não cometi do que uma que cometi, pois ai o remorso não me iria ilibar. Sempre ouvi dizer que se se quer fazer porcaria, ao menos que então seja bem feita, o fantástico da espontaneidade é que posso fazer tudo o que o meu instinto ditar que consigo arranjar sempre motivos que satisfação o meu ego, limpa a consciencia e "I'm the king of the fuckin' mountain" (isto dos estrangeirismo são óptimos eufemismos).
Bem desta vez fico por aqui, assim de repente sem pensar n tenho aqui muita coisa para dizer e não queria meter a consciência ao barulho. é deixa-la sossegada a hibernar no seu casulo chamado ignorância. Vá stay well well well (p.s. god não me castigues por usar este blog em vão...é a carne podre das aves rapinas...)